Poemas de Patativa do Assaré
“Sou filho das matas cantor da mão grossa
trabalho na roça deveras o destino.
A minha choupana é tapada de barro,
só fumo cigarro de palha de milho.
Meu verso rasteiro singelo, sem graça
não entra na praça no rico saloon
Meu verso só entra no campo e na roça,
na pobre palhoça da terra ao sertão.”
“Cachingando, cego e surdo
Sem ver e sem está ouvindo
pra mim não é absurdo.
Vou meu caminho seguindo.
Nunca pensei em morrer
Quem morre cumpre um dever.
Quando chegar o meu fim
Eu sei que a terra me come,
mas fica vivo o meu nome
para os que gostam de mim”
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